20 de outubro de 2010

Eleitorado Feminino

 

Infografico - Notícias Senado Federal

O eleitorado feminino é maioria em todos os estados brasileiros. O total de eleitores no Brasil é de 135.655.980, sendo 70.373.971 eleitoras e 65.282.009 eleitores. Cerca de 200 mil pessoas estão alistadas para votar no exterior.
Mesmo com esse quociente eleitoral, as mulheres ainda são minoria na Câmara Federal.  Hoje, são 67 mulheres atuando no Congresso Federal, das quais são 45 deputadas e 12 senadoras.
De acordo, com estudo realizado pelo Professor José Eustáquio Alves da Escola de Ciências Estatísticas do IBGE, o número de mulheres eleitas deputada federal deve saltar de 45 para 63, um aumento de 40%.

Cota
 A mini-reforma eleitoral aprovada em 2009, que já vigora nessas eleições, estabelece a obrigatoriedade dos partidos em preencherem 30% das vagas com candidatura femininas.
Especialistas salientam que os partidos conseguem brechas na lei, principalmente porque o Tribunal Superior Eleitoral - TSE não tem apresentado uma posição firme.
Para o professor, o Congresso Nacional foi unanime na aprovação da reforma na lei eleitoral, e o TSE não pode ir contra essa decisão.  “Para se safar os partidos recorrem ou se justificam ao Tribunal Regional Eleitoral – TRE. Assim não cumprem o limite de cota de candidaturas de mulheres e não são penalizados.”
Uma das justificativas usada é que não há candidatas para preencherem essas vagas. O que segundo o professor José Eustáquio não é verdade “No total tem-se quase três mulheres candidatas para cada vaga na Câmara Federal”.


“Mulher Laranja”
A grande maioria dos partidos priorizam a candidatura masculina. E a lei de cota existe exatamente para dar maior oportunidade para que o eleitor possa escolher entre homens e mulheres proporcionalmente.
No entanto, para cumprirem a lei, os partidos lançam candidatas laranjas – mulheres lançadas única e exclusivamente para preencher os 30% da cota – mas que não tem condições de disputar de fato uma eleição.

Lei a longo prazo
O Professor José Eustáquio acredita que a lei fará efeito em longo prazo. “Os partidos vão precisar de candidatos com possibilidades verdadeiras de concorrer.”
Estudos estatísticos indicam que o aumento no número de candidatas, infere no número de mulheres eleitas, mas não necessariamente na mesma proporção, devido às candidaturas das “mulheres laranja”.

Papel da mulher no Congresso
O papel da mulher na política é muito importante. Estudos internacionais mostram que quando existe essa presença feminina, tem-se um efeito social muito positivo.
Isso acontece principalmente pela sensibilidade feminina em votar propostas de conteúdo social, visando melhorar a vida dos menos favorecidos.

Por: Renata Moreira
Fonte: Agência Senado Federal

 

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